Pular para o conteúdo principal

INIMIGOS OCULTOS

INIMIGOS OCULTOS
 

Mencionamos, com muita freqüência, que os inimigos exteriores são os piores expoentes de perturbação que operam em nosso prejuízo. Urge, porém, olhar para dentro de nós, de modo a descobrir que os adversários mais difíceis são aqueles de que não nos podemos afastar facilmente, por se nos alojarem no cerne da própria alma.

Dentre eles, os mais implacáveis são:

- o egoísmo, que nos tolhe a visão espiritual, impedindo vejamos as necessidades daqueles que mais amamos;
- o orgulho, que não nos permite acolher a luz do entendimento, arrojando-nos a permanente desequilíbrio;
- a vaidade, que nos sugere a superestimação do próprio valor, induzindo-nos a desprezar o merecimento dos outros;
- o desânimo, que nos impele aos precipícios da inércia;
- a intemperança mental, que nos situa na indisciplina;
- o medo de sofrer, que nos subtrai as melhores oportunidades de progresso, e tantos outros agentes nocivos que se nos instalam no Espírito, corroendo-nos a energias e depredando-nos a estabilidade mental.

Para a transformação dos adversários exteriores contamos, geralmente, com o amparo de amigos que nos ajudam a revisar relações, colaborando conosco na constituição de novos caminhos; entretanto, para extirpar os que moram em nós, vale tão-somente o auxílio de DEUS, com o laborioso esforço de nós mesmos.

Reportando-nos aos inimigos externos, advertiu-nos JESUS que é preciso perdoar as ofensas setenta vezes sete vezes, e decerto que para nos descartarmos dos inimigos internos – todos eles nascidos na trevas da ignorância – prometeu-nos o Senhor: "conhecereis a verdade e a verdade vos fará livres", o que equivale dizer que só estaremos a salvo de nossas calamidades interiores, através de árduo trabalho na oficina da educação.
 
 

pelo Espírito Emmanuel - Do livro: Alma e Coração, Médium: Francisco Cândido Xavier.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Pacifica Sempre

70 - PACIFICA SEMPRE   "Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus." - Jesus (MATEUS, 5:9)       Por muitas sejam as dores que te aflijam a alma, asserena-te na oração e pacifica os quadros da própria luta.     Se alguém te fere, pacifica desculpando.     Se alguém te calunia, pacifica servindo.     Se alguém te menospreza, pacifica entendendo.     Se alguém te irrita, pacifica silenciando.     O perdão e o trabalho, a compreensão e a humildade são as vozes inarticuladas de tua própria defesa.     Golpes e golpes são feridas e mais feridas.     Violência com violência somam loucura.     Não ergas o braço para bater, nem abras o verbo para humilhar.     Diante de toda perturbação, cala e espera, ajudando sempre.     O tempo sazona o fruto verde, altera a feição do charco,...

Retrato de Mãe, Maria Dolores/Chico Xavier

  "- Não ouvistes falar em Judas, o traidor? Sou eu que aniquilei a vida do Senhor!..."   Maria Dolores Francisco Cândido Xavier Depois de muito tempo,  sobre os quadros sombrios do calvário.  Judas, cego no além, errava solitário...  Era triste a paisagem, o céu era nevoento...  Cansado de remorso e sofrimento,  Sentara-se a chorar...  Nisso, nobre mulher de planos superiores,  Nimbada de celestes esplendores,  Que ele não conseguia divisar,  Chega e afaga a cabeça do infeliz.  Em seguida, num tom de carinho profundo,  Quase que em oração ela diz:  - Meu filho, porque choras? Acaso não sabeis? – replica o interpelado,  Claramente agressivo.  Sou um morto e estou vivo.  Matei-me e novamente estou de pé,  Sem consolo, sem lar, sem amor e sem fé...  Não ouvistes falar em Judas, o traidor?  Sou eu que aniquilei a vida do Senhor...  A princípio, julguei poder fazê-lo rei,  Mas apena...

"MÃE" - De Chico Xavier, Por Emmanuel.

MÃE Pelo Espírito Emmanuel. Psicografia de Francisco Cândido Xavier. Livro: Mãe - Antologia Mediúnica. Página 107.   "Honrarás pai e mãe" – a Lei determina. Não te esqueças, porém, de que nove meses antes que os outros te vissem a face, a tua presença na Terra era um segredo da vida, entre o devotamento e o Mundo Espiritual. Na juventude ou na madureza, lembrar-te-ás da mulher frágil que, sendo moça, envelheceu, de repente, para que desabrochasses à luz, e trazendo o ideal da felicidade como sendo uma taça transbordante de sonhos, preferiu trocá-los por lágrimas de sofrimento, para que tivesses segurança no berço. Agradecerás a todos os benfeitores do caminho, mas particularmente a ela que transfigurou em força a própria fraqueza, a fim de preservar-te. Quando o mundo te aclama a cultura ou o poder, o renome ou a fortuna, recorda aquela que não apenas te assegurou o equilíbrio, ensinando-te a caminhar, mas também atravesso...